Não é novidade nenhuma para aqueles que me conhecem que desde o início da década de 90 tenho como grupo de eleição os Mão Morta. E também não é novidade para os que me conhecem que tenho especial admiração pela forma de compor do Adolfo Luxúria Canibal.
"... caio nesses olhos apáticos
caio nesse hipnótico abraço
desta viagem entre flores plásticas (flores plásticas)
e coloridas manhãs de aço (manhãs de aço)
Viveremos tudo revoltosos
nesta primavera de destroços
sem dor, sem rancor, sem remorsos (sem remorsos)"
Primavera de destroços, Mão morta, Álbum homónimo
ou então
"Vivia na temperatura tépida dos lençóis
Aquele que dava pelo estranho nome de
Amor, às vezes soltava-se
E percorria pela mão
Dos adolescentes nas ruas desertas, sombras
Escuras e conspiradoras, soltou-se
O amor - alguém gritava
E vinha o vermelho e invadia o vermelho
E assanhavam-se os gatos conscientes
Da invasão da sua noite
Solitária..."
De entre outras letras de outros álbuns dos Mão Morta, estas duas presentes acima dizem-me muito. Por terem sido ouvidas em diferentes situações, situações importantes da minha vida, estarão nas minhas músicas de eleição dos mão morta.
É difícil encontrar consenso relativamente aos mão morta. Para mim são nitidamente o melhor grupo português. São aqueles por quem já fiz milhares de km apenas por uma hora de convívio com eles e suas músicas.
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