Desde muito novo que o bichinho da rádio se manifestou. Desde sempre ouvi muito a rádio. Desde relatos de futebol e principalmente programas de música / informação musical, a rádio esteve sempre presente. Até que um dia, cheio de coragem decidi que estaria na hora de me sentar junto a um microfone e começar a transmitir as minhas ideias e gostos musicais. Estávamos no ano de 1998. Eu com 17 anos a fazer rádio... :) Aí começou tudo. O principal responsável por esta vontade chamava-se
António Sérgio. Chamava-se porque infelizmente faleceu em 2009 :( Voltando à epoca: ouvia frequentemente o programa do António Sérgio, a
Hora do Lobo. Fascinava-me a voz poderosa dele.
António Sérgio será até hoje e mantém-se quase de certeza como o homem que mais fez pela divulgação do rock em portugal. Era um profundo conhecedor e investigador do assunto, divulgou a obra dos melhores músicos e bandas de rock à margem do mercado convencional, mais concretamente na vertente "
punk", "
pós punk", "
new wave" e outros tipos de rock e pop vanguardista. Ouvir um programa dele era ficar familiarizado com as novidades da música e também por outro lado recordar outros tempos. Desde o "
Som da Frente", em 1982/1983 ( programa que já ouvi muito mais tarde, em demmand ) , ao
Lança Chamas ( divulgação Heavy Metal ), à
Hora do Lobo ( alternativo ), entre muitos outros , o António demonstrou ser um profundo conhecedor e mentor de todos aqueles grandes radialistas que hoje ainda se mantém no ativo. Provavelmente também do
Luis Filipe Barros. Quem é o Luis ? Apenas a minha segunda inspiração, o meu 2º ídolo radiofónico, se é que posso referir -me a ele desta forma. Com o "
Ondas Luisianas", era um completar de emoções. Devorava este programa de uma maneira tão própria que chegava a prolongar as minhas viagens de carro apenas para coincidirem com a tardia hora do programa ( 00h - 2h00).
Luis Filipe Barros, grande nome da Rádio, autor dos bem conhecidos "
Rock em Stock" e "
Ondas Luisianas", passou pela Comercial, ajudou a fundar a Antena 3 e mantém-se na Antena 1.
Eu era mesmo um devorador da "
Hora do Lobo" e do "
Ondas Luisianas"... Agradava-me muito a sabedoria destes 2 grandes nomes da rádio. Comunicativos, simpáticos, competentes e com gostos musicais iguais aos meus. Pensei logo que queria fazer um programa neste género.
http://www.rtp.pt/play/p273/e64513/ondas-luisianas
Mais tarde e porque talvez a incompetência dos novos diretores de programação da Antena 1 e da Rádio Comercial (imagino que seja este o motivo), estes 2 programas tiveram o seu fim.
António Sérgio foi recrutado para a Rádio Radar e de lá continuou, até à sua morte, a transmitir o seu conhecimento musical.
Luis Filipe Barros viu chegar o fim das
Ondas Luisianas , mas mantém-se na Antena 1 . Em minha opinião, os 2 grandes grandes valores que a rádio já conheceu.
Com o fim dos meus 2 programas favoritos , comecei a ouvir aquele que para mim é o 3º ídolo. Autor do "
Coyote" na antena 3 ,
Pedro Costa é também o autor e a voz do "
De Costa a Costa". Este programa, que passava na Antena 3 até há uns meses atrás, aos domingos de manhã, das 11h às 13h , passou para a Antena 1. Mas afinal de que trata este "
De Costa a Costa", com
Pedro Costa e
Paulo Alcobia? Ora bem, este programa inicia com o slogan/indicativo : "
Costa a Costa está de volta com a música que o tempo não soube apagar... Porque uma sociedade sem memória é uma sociedade sem futuro." Facilmente, por estas palavras, até os menos entendidos perceberiam que estaríamos na presença de um programa de rádio que transmite as grandes recordações de outros tempos. Desde os primórdios dos Rolling Stones e Beatles, passando pelos Allman Brothers e Lynyrd Skynyrd, aos grandes clássicos dos anos 70 ( Led Zepellin, Clapton ), à década de 80 ( Tom Petty, Springsteen, ZZ Top)... Enfim, são mesmos as grandes recordações que permanecem e que o tempo não soube mesmo apagar. Já o disse repetidamente a amigos e conhecidos, a minha grande paixão é a música . Sou um amante de música especifica, não de qualquer tipo de música, pois já admiti e admito novamente que os meus gostos não são ecléticos. Devoro frequentemente um bom Hard Rock dos anos 80 ( Cinderella, Thunder, White Lion) bem como rock psicadélico dos anos 60 e inícios dos anos 70 ( The Cream, Jefferson Airplane, Iron Butterfly, The Doors). Gosto muito dos inícios do Hard Rock/ Heavy Metal da década de 70, com Black Sabbath, Zepellin e Deep Purple. E gosto muito de um bom Heavy Metal ( Iron Maiden, Megadeth, Savatage). Admiro muito o gótico/punk também ( Joy Division, Bauhaus, Siouxie) . E tenho um particular fascínio pelos Foo Fighters, Faith No More, Radiohead, Pulp, Stone Roses, Jesus and Mary Chain e mais algumas do pop rock britânico. Mas mais que isso, não consigo. Que não me peçam para gostar deste rockzito tipo Nickelback, Muse ou 3 Doors Down. Nem de Shakiras, Aguileras ou Perrys. Detesto mesmo. E ouço apenas o que gosto.
Com estes 3 programas acima descritos, estas 3 personalidades da rádio conseguiram juntar todos os meus gostos musicais.
http://www.rtp.pt/play/p443/e132064/costa-a-costa
|
António Sérgio |
|
António Sérgio - Entrevista |
|
Luis Filipe Barros |
|
Ondas Luisianas |
|
Antena 3 |
Sem comentários:
Enviar um comentário